O mundo que atravessa o teu belo romance é um mundo de guerra (mbuanga), com o seu cortejo de horrores: raptos, insegurança, medos, fome e morte. Mas, julgo eu, a mensagem que subjaz à tua obra literária, como um cacimbo que penetra subtilmente até aos ossos, é a do amor, da esperança de melhores dias para tua gente do país que tanto amas, Angola.
O Viver e Morrer em Angola julgo ser o primeiro romance angolano que, aborda de modo frontal, "desapaixonadamente imparcial", corajoso e, diria mesmo, patriótico, o tema-tabu das recentes "guerras angolanas", que, quer queiramos ou não, farão parte da rica história da tua querida Pátria.
Paulino Soma nasceu no município de Caconda, província da Huíla, em 8 de Março de 1982. É doutor em Linguística pela Universidade de Évora, mestre em Consultoria e Revisão Linguística pela Universidade Nova de Lisboa e licenciado em Linguística Portuguesa pelo Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED - Huíla).
Foi docente no ISCED - Huíla e Chefe da Repartição de Ensino e Investigação do Português na mesma Instituição.
É, actualmente, Decano da Escola Superior Pedagógica do Cunene. Em 2013 publicou a obra poética "Amálgama d'Alma", em 2016, o ensiao "A crise normativa do português em Angola- cliticização e regência verbal - que atitude normativa para o professor e o revisor?"
Foi assistente de revisão linguística e de projectos na ONG ACORD (Agency for Cooperation and Research in Development). Coordenou o Projecto "Falando sobre a Terra no CTH (Consórcio Terras da Huíla).